OLIGARQUIAS PARTIDÁRIAS BRASILEIRAS - HEGEMONIA ECONÔMICA E CORRUPÇÃO QUEM SÃO OS VERDAEIROS VÃNDALOS DO BRASIL

19/12/2013 23:09

OLIGARQUIAS PARTIDÁRIAS BRASILEIRAS.pdf (314,8 kB)OLIGARQUIAS PARTIDÁRIAS BRASILEIRAS.pdf (326701)

 

Justino Amorim da Silva/ sociólogo  https://lattes.cnpq.br/3279010299709231

OLIGARQUIAS PARTIDÁRIAS BRASILEIRAS

HEGEMONIA ECONÔMICA E CORRUPÇÃO

QUEM SÃO OS VERDAEIROS VÃNDALOS DO BRASIL

 

 Onde de fato está o vandalismo? Quem é vândalo ou o que é vandalismo de fato? Porque chegamos a esse ponto do caos social? Quem são os mascarados?

 No Brasil os detentores do poder econômico têm pelo menos duas particularidades que os iguala, a aversão ao pobre e a uma transformação social. A geração de trabalho e renda, o acesso a alimentação de qualidade, o acesso a educação, a moradia, ao transporte, ao lazer e etc., não tem sido interesse da elite econômica nem da mídia nem dos parlamentares, para eles está muito bem assim, não lhes interessa mudança. Enquanto eles permanecem estáticos em suas zonas de conforto, o povo trabalhador padece de fome, miséria e de várias outras mazelas sociais, por viverem nesta situação de abandono social absoluto os mais frágeis tendem a se tornarem dependentes do patrimonialismo e de obras assistencialistas tanto por parte dos governantes como por parte do poder econômico e da mídia defensora da hegemonia capitalista que difama e criminaliza o povo que tenta resistir e enfrentar as classes dominantes.

A classe política brasileira apagou de sua agenda qualquer linha que descreva objetivos, planos e metodologias para se desenvolver um projeto social, não está na pauta dos (parlamentares) governantes brasileiros a elaboração, planejamento e sistematização de políticas públicas para alavancar o desenvolvimento político, econômico, social, cultural e ambiental brasileiro, pelo menos ao que toca aos pobres, descamisados, povos tradicionais e a classe minoritária e marginalizada da sociedade não se percebe preocupação mais sim descaso e abandono absoluto.

A ganância pela busca desenfreada do lucro e a corrupção é o que mantém a hegemonia das desigualdades sociais em nosso país, os resultados de uma política sem princípios éticos os quais foram suplantados pelo vírus cancerígeno da corrupção e do ácido sulfúrico capitalista tem levado o país ao mais alto índice de depredação do patrimônio público, a exemplo disso temos as desastrosas privatizações que ocorreram do Governo FHC para cá e os casos variados de corrupção que transpassaram as fronteiras da política brasileira afetando todos os órgãos públicos colocando o país em um estado de alerta.

O povo já não mais tem confiança em seus representantes sejam eles na política ou no poder judiciário, os magistrados que deveriam pautar pelos princípios éticos da justiça mais que infelizmente também foram contaminados pela corrupção e pelo dogmatismo jurídico os quais estão exercendo a prepotência hegemônica de defesa de corporações econômicas e oligarquias partidárias, lamentavelmente percebe-se que a maior instância de poder do Estado de onde deveria se desenvolver ações de justiça está havendo uma inversão de valores e princípios éticos fazendo com que o povo perda também a credibilidade na justiça.

Segundo o (Documento 91 da CNBB, Por Uma Reforma do Estado com Participação Democrática, onde diz):

 

[1]Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, há um processo de desvalorização e deslegitimação dos governos, mesmo os constituídos na legitimidade democrática, pois o que está em questão é a própria concepção do Estado Nacional. As pesquisas de opinião mostram que é baixa a confiança nos Parlamentos, no Judiciário, nas instâncias do Executivo e até mesmo no processo eleitoral, isso sem falar da aberta desconfiança na honestidade dos políticos e na fidelidade dos partidos ao seu programa. Esse descrédito e desinteresse pela política partidária têm como conseqüência à sensação de que a atividade política não leva a lugar algum e nem adianta votar, já que o resultado final esbarra numa estrutura estatal que não corresponde aos verdadeiros interesses e anseios do povo.

 

 A maior descrença na política brasileira cresce quando determinado partido de esquerda no qual seus membros com um passado de lutas históricas e sociais em defesa de um país sem desigualdades sociais, construção de um partido pautado na defesa dos direitos fundamentais e no bem estar do cidadão brasileiro são desmascarados com tantos escândalos de corrupção. Parece haver uma derrota dos anseios do povo e não de determinado grupo partidário.

 Diante das manifestações ocorridas no Brasil surgiu o grupo dos Black Bloc`s os quais não são manifestantes, mais sim grupos de ativistas mascarados vestidos de preto, suas ações estão centradas no ataque direto as corporações capitalistas e a qualquer instituição opressiva a fim de lhes causarem prejuízos. Eles andam sempre juntos e, usualmente, atacam de maneira agressiva bancos, grandes corporações do poder econômico ou qualquer outro símbolo das instituições opressoras. Este grupo se inseriu no novo contexto sócio-político do país, porém suas ações caminharam na direção contrária ao processo democrático brasileiro. Perante tal realidade a mídia se apropria dos fatos ocorridos com o objetivo de vender imagem e passa a transformar as lutas legítimas de reivindicação de direitos em crime cabíveis de punição. O Estado no intuito de conter a “desordem pública nacional” e de proteger as corporações capitalistas tenta resolver a questão pela repressão militar e pelos atos de jurisdição dogmática reduzindo a democracia ao processo jurídico e a violência armada.

 Lamentavelmente a mídia difama e criminaliza as manifestações dos trabalhadores com muita facilidade e, drasticamente parte da população reproduz esse modelo difamatório criminalizador. O Brasil é marcado pelo preconceito contra trabalhador, professores, pobres, negros, homo afetivo, idosos, mulheres, povos tradicionais e etc. Quando esta classe já não suporta mais tanta barbárie do poder público (Estado Brasileiro) que está apodrecido pela corrupção condenando este povo a viver na Miséria e a passar fome ou a morrer na fila de um hospital por negligência médica e etc., esta população ainda é obrigada a suportar a criminalização dos meios de comunicação de massa e da (Sensacionalismo) que manipula, aliena, engana, mente e monopoliza o direito de opinião e liberdade de expressão e, ainda distorce os fatos e transformam as lutas sociais, as manifestações pacíficas e legítimas dos trabalhadores em atos de criminalidade, esta mídia/imprensa não leva em consideração as cobranças indevidas das operadoras de telefone que o povo é obrigado a pagar sem dever, não são colocadas em cheque as cobranças indevidas de empresas de energia elétrica, de operadoras de cartão de créditos e dos bancos que ficam cada dia mais ricos (Milionários) só em um ano bancos lucram 60 Bilhões de reais ou dólares, e, o povo cotidianamente paga pelo auto custo dos serviços prestados ou pelo que não deve, quer seja para os bancos, as empresas de energia, as operadoras de cartão de crédito e as empresas de telefone.

 

O Brasil viveu seu período de ditadura militar na década de 60 até meados da década de 80 com a perseguição de pessoas que se opuseram contra um modelo de governo opressor e assassino da época, conquistas e derrotas foram às marcas daquele período histórico para a sociedade brasileira, as lutas por direitos fundamentais foram às metas de um povo sofrido e, o derramamento de sangue foi à resposta de um governo opressor, tirano e repressivo.

 

As intervenções militares foram recorrentes na história da república brasileira. Antes de 1964, porém, nenhuma dessas interferências resultou num governo presidido por militares. Em março de 1964, contudo, os militares assumiram o poder por meio de um golpe e governaram o país nos 21 anos seguintes, instalando um regime ditatorial. A ditadura restringiu o exercício da cidadania e reprimiu com violência todos os movimentos de oposição(https://educacao.uol.com.br

 Drasticamente parece estarmos voltando no tempo, mais agora temos novos moldes de repressão começando pela Mídia/imprensa que manipula, difama, criminaliza e tenta impedir que o povo tenha direito a opinião e liberdade de opinião, a mídia televisiva brasileira monopoliza o direito de liberdade e expressão do povo, viola a Constituição Brasileira e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, viola direitos fundamentais. Os meios de comunicação de massa tentam de todas as formas jogarem povo contra povo, tentando enfraquecê-los pelas suas próprias lutas e conquistas tanto do passado como do presente.

 Historicamente o modelo de Segurança pública no Brasil sempre foi pensado e desenvolvido de forma repressiva e, além disso, com moldes preconceituosos sobre os Movimentos sociais e a qualquer grupo que reivindique direitos, as manifestações públicas no Brasil e no mundo sempre foram tratadas como atos de vandalismo, de badernas, de revercividade transformando estes atos legítimos em crime.     

Corremos o risco de nos tornarmos reféns e armas ideológicas e sociais contra nós mesmos, há que se tomar cuidado com a arapuca das redes sociais que é armada pelos detentores do poder com o objetivo máximo de nos apanhar ao elaborarmos nossas lutas e defesas de direitos, podemos simplesmente reproduzir um modelo de criminalização e difamação de nossas próprias lutas e conquistas.

             Diante desta violenta crise civilizatória brasileira marcada pela prepotência e ganância do lucro x lucro e manchada pelos atos de corrupção e pela repressão militar truculenta por parte do Estado, perde se os valores e princípios éticos e se normatiza a troca do ser pelo ter, ou seja, perde-se o foco no ser humano, passa se a ter valor supremo os bens materiais, então, o patrimônio não pode ser abalado, depredado, e o ser humano passa a ser violado em sua dignidade, é violentado pela repressão do Estado pelo espancamento do policial militar que passa a proteger o Patrimônio das grandes corporações econômicas deixando de lado os interesses coletivos da nação. Partindo deste ponto entendemos que o poder econômico é quem dita às normas, a mídia é sua parceira, aliada e secretária eficiente, o Estado é o credor oficial do capitalismo, é a “mamãe querida” a qual passa as mãos na cabeça do filho querido, não importa se ele faça coisa ruim, ainda que ele escravize ou mate alguém de fome ou massacre uma nação inteira em nome da ordem e do progresso, do lucro e do desenvolvimento financeiro, não há problema, se é em nome do lucro, tudo pode.

 O que é a violência senão a fome, os maus tratos da burguesia e do estado Neoliberal, o que é o vandalismo senão idosos, jovens e crianças morrendo na fila dos hospitais por negligência médica, falta de leito nos hospitais públicos, por péssimas condições hospitalares infecção hospitalares e etc. O que é a depredação do patrimônio público senão a corrupção dos políticos que simbolicamente são julgados e condenados pelo STF e são enviados para cadeias que parecem mais hotéis de luxo 05 estrelas, o que é a violência se não a condenação das manifestações que são legítimas mais que são criminalizadas pela mídia e sancionadas pelo Poder Judiciário como crime de punição a desordem pública nacional. O que pode se definir por violência ou por vandalismo quando os direitos fundamentais são suplantados pelo poder econômico e abafados pelas decisões condenatórias do poder jurídico dogmático sufocando o processo democrático de direito.

Trazemos para a questão no que toca a violência uma citação de Rocha (1996)[2]

 

A Violência, sobre todas as formas de suas inúmeras manifestações, pode ser considerada como uma vis, vale dizer, como uma força que transgride os limites dos seres humanos, tanto na sua realidade física e psíquica quanto no campo de suas realizações sociais, éticas, estéticas, políticas e religiosas, em outras palavras, a violência, sob todas as suas formas, desrespeita os direitos fundamentais do ser humano, sem os quais o homem deixa de ser considerado como sujeito de direitos e de deveres, e passa a ser olhado como um puro e simples objeto.

Quem quebrar uma vidraça de um banco será condenado pelo estado e pela mídia, mais se aquele que quebrou a vidraça do banco foi roubado anteriormente pelo próprio banco por uma cobrança indevida em sua conta bancária, cartão de crédito, contra cheque, nada acontece com o banco, o banco pode roubar o povo, mais o povo não pode se manifestar contar os disparates do Estado e do Poder Econômico?

 Não há aqui defesa ou apologia ao crime, arrombamento ou quebradeira de patrimônio público ou privado, chama-se atenção para o fato da coerência de ambos os lados. Se pelas regras sociais não se pode fazer vandalismo contra o poder econômico que rouba e escraviza o povo e contra o Estado que não cumpre o seu papel político e social no desempenho, elaboração e planejamento das políticas públicas também não poderia nem o poder econômico e tampouco o Estado reprimir e oprimir o povo com bombas de gás lacrimogêneo e espancamento com cassetetes.

 Quando temos um país onde as desigualdades sociais são gritantes, onde se percebe os altos índices de pobreza, fome e doenças, falta de moradia, corrupção, má distribuição de renda, uma nação onde as pessoas não têm tempo para se dedicar a família, ao lazer por passar mais de 12 horas trabalhando para o capital, onde se impera o latifúndio, a grilagem de terras, o assassinato de lideranças sindicais, indígenas, religiosas e trabalhadores rurais, então, percebem-se atos de vandalismo por parte do Estado e do poder econômico.

 Se há corrupção, se não temos investimentos em políticas públicas, se há obras paradas por negligência e irresponsabilidade ou burocracia pública, o Estado é responsável, se há fome, miséria, e má distribuição de renda é responsabilidade do Estado que não cumpre com seu papel de gestor público. Se o trabalhador é assassinado, escravizado, recebe salário miserável, trabalha horas a fio e não tem direito ao descanso, ao lazer, ao transporte, a alimentação, se ele é colocado na condição de escravo e sua dignidade está ameaçada, portanto, isso também é vandalismo da dignidade da pessoa humana praticado pelo poder econômico.

A fome, a miséria, o desemprego, a falta de acesso à saúde e a educação de qualidade, a falta de moradia, as péssimas condições de trabalho e dos transportes urbanos e rurais, rodovias esburacadas sem a devida manutenção e a hegemonia de grandes projetos são a pedra angular dos problemas sociais, ambientais e culturais no país. Tais problemas fazem com que o povo seja perturbado em sua ordem social e vá de encontro ao caos social fruto da submissão e do aniquilamento do Estado frente ao Poder econômico.  Diante disso o povo não ver alternativa a não ser ir às ruas reivindicar seus direitos e lutar contra um Estado Corrupto e Repressor, então, passam a repudiar as barbáries sociais cometidas pelo poder econômico as quais são negligenciadas e legitimadas pelo Estado, sobre tudo no que toca a corrupção nos setores públicos, principalmente nos três poderes e de maneira especial na política no que toca aos poderes legislativos e executivos.

 A pergunta que fica é: como mudar tal situação, votar em quem para nos representar politicamente nos Três Poderes Constituintes do Estado Brasileiro. Como fazer a transformação social se já estamos presos pelas amarras do capitalismo, pela paixão partidária, por um modelo de justiça ultrapassado e corrompido pelo dogmatismo, pela corrupção e pela hierarquia prepotente exclusivista que favorece quem tem poder econômico? Como mudar a realidade social diante de tantos casos de violência seja na zona rural pelo conflito agrário, ou nas cidades pelos extermínios da juventude negra, pelos assassinatos de policiais, pelos crimes do tráfico de drogas e armas de fogo, pelos crimes de racismo social e institucional que em vez diminuir parece estarem crescendo?

Ainda é possível voltarmos a ser uma nação que possa restabelecer valores e princípios éticos na política, na justiça, na indústria, no comércio, nas empresas em geral, nas instituições sociais, na construção de uma nova sociedade ou de uma sociedade renovada com cidadãos renovados, conscientes de seu papel enquanto morador da comunidade OIKOS. Casa Habitada, casa que deve ser cuidada, administrada, zelada amada e que acolha a todos com respeito e dignidade?

 As construções dos elefantes brancos, estádios de futebol, os coliseus com seus bilhões de reais gastos os quais poderiam ser investidos em educação, transporte, geração de trabalho e renda, em saúde pública e moradia infelizmente para a desgraça da população brasileira ficarão destinados as grandes corporações da construção civil a nova ordem econômica vigente que constitui a nova Revolução Industrial, onde milhares de pessoas trabalham horas a fio sem o descanso necessário, ganham salários miseráveis, outros morrem pela falta de segurança no trabalho, em fim voltamos aos tempos de outrora da velha revolução industrial com uma sociedade carregada de mazelas social na mais alta violação de Direitos Humanos, parece estarmos vivendo o Genocídio dos Direitos Humanos.

 As obras do PAC tem sido um desastre do ponto de vista social, ambiental e cultural. Social: porque as populações das cidades onde se implanta o PAC sofrem com os mais altos índices especulativos, alimentação chega a ser supérflua, pois, terá quem pode pagar o exorbitante preço da especulação; moradia fica a cargo das grandes corporações capitalista da construção civil; transporte precário, ruas não pavimentadas, não há saneamento básico, tampouco educação no trânsito; o inchaço populacional nas cidades é assustador provocando assaltos, assassinatos, altíssimos consumo de drogas das mais perigosas possíveis, tráfico de pessoas, prostituição infantil e a constituição de casas-noturnas, prostíbulos, em bares, casa de dança, pousadas-camufladas ou até mesmo nos canteiros de obras. Saúde: não existe atendimento médico suficiente nem de qualidade, hospitais com leitos insuficientes e etc.; Educação: não há escolas suficientes nem professores, profissionais da educação passam até fome pelos péssimos salários que recebem, passam mal pelas péssimas condições de trabalho as quais lhe são oferecidas, os prédios escolares estão em ruínas sem cadeiras escolares, material didático, tecnológico e etc. Cultural: as populações Tradicionais bem como: Indígenas, Quilombolas, Ribeirinhos, extrativistas, pescadores e pequenos agricultores da agricultura familiar e da cultura de subsistência sofrem as perseguições do latifúndio, do agronegócio, da mineração e das grandes Hidrelétricas. Ambiental: com os grandes projetos de desenvolvimento econômico como Mineração e Hidrelétricas tem havido desastres ambientais bem como: seca e poluição de pequenos rios e igarapés, alagamentos ou seca das terras dos povos tradicionais. O latifúndio e o agronegócio provocam grandes desmatamentos e envenenamento do solo com agrotóxico que provoca o enfraquecimento do solo e, consequentemente a diminuição da produção de alimentos e principalmente alimentos saudáveis.  

 Na predominância do neoliberalismo as barbáries do capitalismo correm soltas, pois o Estado não intervém, o poder econômico é quem dita às normas e pauta sua prepotência, opressão e repressão sobre a classe trabalhadora que não pode ir contra o burguês, porque o que vale para o sistema Neoliberal é o patrimônio Material, o ser humano é peça descartável se não produzir e gerar lucro para o modelo capitalista. Então quebrar a vidraça das grandes corporações econômicas é um ato de vandalismo, agora se algum trabalhador morre por maus tratos cometidos pelo opressor (burguês), por fome, doenças por esforço repetitivo no operar das máquinas, por problemas psicológicos ele será substituído por outro e assim segue o sistema de produção capitalista, pois, o que vale é o trabalho do trabalhador que deve gerar e produzir riqueza x riqueza, mais valia. Se o trabalhador deixar de ser objeto e não produzir riqueza para o burguês ele torna se um objeto sem valor.

Há algumas características que persistem na sociedade brasileira o preconceito contra a mulher (Machismo), o preconceito contra o pobre e o preconceito regional, se discrimina as pessoas pelo fato de ser pobre, negra, mulher, pela opção sexual ou por ser Nordestino e Nortista, incomoda ao poder econômico-capitalista ver uma pessoa de origem pobre, negro, nordestino, nortista ou ex metalúrgico subir na vida, quanto mais se for ao cargo de Presidente da República, pois a presidência da República no Brasil sempre foi ocupada por pessoas da elite econômica ou por um intelectual, vale ressaltar por homens, apenas homens, sem espaço político para as mulheres, todos bem sucedidos socialmente e financeiramente (Empresários) os quais seus interesses sempre foram pautados na hegemonia do lucro e na prepotência econômica, eles nunca tiveram compromisso com o desenvolvimento do país, seja do ponto de vista econômico, político, social, cultural e ambiental, quanto mais se preocupar em melhorar a vida do povo, do povo pobre, sempre se governou para seus próprios interesses e interesses internacionais, (Empresas Multinacionais) nunca houve por parte desses governantes (Empresários e Intelectuais) preocupações com a pátria, pois, são antipatriotas covardes e insanos, são vândalos, tiranos. São vândalos todos aqueles que surrupiaram os cofres públicos brasileiros, seja qual for sua sigla partidária, seja do setor público, seja ele parlamentar ou pessoa pública ou cidadão comum, se praticou ato de corrupção cometeu ato de vandalismo, então que sejam punidos.

Por tanto, que haja coerência de todos os lados, de ambas as partes, principalmente por parte da imprensa que se impõe como dona da verdade e do direito de liberdade de expressão monopolizando e distorcendo os fatos transformando a informação e a notícia num ato de barbárie contra o ser humano principalmente contra as classes mais necessitadas, minoritárias, marginalizadas e excluídas da sociedade.

 

Vândalos são todos aqueles que não contribuem para o bem estar do ser humano e o equilíbrio do meio ambiente, são todos aqueles que roubam dinheiro público destinado ao desenvolvimento da pólis (Cidade, Comunidade, Sociedade, País, Estado), são todos aqueles que detêm o poder econômico e a concentração de terras e renda em suas mãos sem dividí-la com quem necessita.

 Vandalismo: é condenar o povo a fome, a miséria, as doenças, a falta de educação de qualidade, ao não acesso a tecnologia de ponta, a falta de moradia e etc. vandalismo é não respeitar o direito a liberdade de expressão, é a violação dos Direitos Fundamentais que está na Constituição de 1988 e na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.     

 Pelo aqui exposto fica a questão: Se o povo sofre a violência do Estado pela repressão armada, pelos disparates da corrupção, pelos atos infringentes e condenatórios do poder judiciário, e pelas barbáries do Modelo Econômico que escraviza, aliena e condena o trabalhador a miséria, a fome e as doenças e etc., porque o povo não pode se rebelar contra estas barbáries do neoliberalismo.

 

 Fonte Bibliográfica:

https://economiacapixaba.wordpress.com

https://www.google.com.br/search?newwindow

https://educacao.uol.com.br

(Foto: Mídia Ninja)

Fonte: Artigo “A Tática Black Bloc”, escrito por Jairo Costa, na Revista Mortal, 2010

https://www.edicoescnbb.com.br

https://www.marxists.org/portugues/marx/1844/manuscritos/cap07.htm

V795 A Violência na Sociedade Contemporânea [recurso eletrônico] /

Organizadora Maria da Graça Blaya. – Dados eletrônicos.

Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010. 161 f.

https://www.pucrs.br/edipucrs

 

 

[1]A CNBB foi fundada em 14 de outubro de 1952, no Rio de Janeiro. A transferência da sede para Brasília aconteceu em 1977. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é um organismo permanente que reúne os Bispos católicos do Brasil que, conforme o Código de Direito Canônico, "exercem conjuntamente certas funções pastorais em favor dos fiéis do seu território, a fim de promover o maior bem que a Igreja proporciona aos homens, principalmente em formas e modalidades de apostolado devidamente adaptadas às circunstâncias de tempo e lugar, de acordo com o direito" (Can.) 447.
 

[2]Rocha Z. Paixão, Violência e Solidão: O Drama de Abelardo e Heloisa no Contexto Cultural do Século XII. Recife, 1996. P.10