A COCADA DA BAIANA EM ALTAMIRA-PARÁ

01/12/2013 00:00

BAIANA DA COCADA ALTAMIRA.pdf (120291)

 

Domingo, 24/11/2013, às 11h17min, por Glauco Araújo

https://g1.globo.com/brasil/blog/caminhos-do-brasil-caravana-g1/autor/glauco-araujo/1.htmal

O que a baiana tem? Mas em Altamira?

 

Quem circula pelas ruas de Altamira (PA) não demora muito a descobrir uma senhora simpática e sempre atenta a qualquer sinal com as mãos, ao que ela prontamente atende se aproximando com uma bacia na cabeça. Quem é essa mulher? É a Baiana, como Irene Guerri gosta de ser chamada. O tabuleiro típico da baiana, aqui em solo altamirense, virou uma bacia de alumínio reluzente e repleta de cocadas, doces de coco e trufas. Tudo feito por ela.

Assim que você estende a mão para chamá-la, Baiana coloca a bacia na cabeça e começa a falar “vamos negociar”. A cocada sai por R$ 7 e é boa. A de coco queimado tem um caramelo no final, que deixa a boca adocicada.

Natural de Vitória da Conquista (BA), ela está em Altamira desde 1977, onde se casou e teve quatro filhos, “todos criados” com a venda de manga, outras frutas e ervas. Baiana começou a fazer cocada há 24 anos. Todos os dias ela prepara 10 quilos da iguaria, mas já chegou a fazer 30 quilos.

Ela anda por toda a cidade, entra em todos os estabelecimentos, restaurantes e casas em busca dos clientes, novos ou antigos. Se a presença dela não reverter em venda, pelo menos um bom papo sempre sai. Mas ela conquista com “meu amor”, “meu gatinho” e “meu querido”. Então, se encontrar uma mulher com bacia na cabeça aqui em Altamira, pode perguntar o que a Baiana tem.