O TRAFICO HUMANO E A AMEAÇA A CULTURA DOS POVOS TRADICIONAIS

15/04/2014 08:19

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 SILVA, J. A

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O TRÁFICO HUMANO E A AMEAÇA A CULTURA

DOS POVOS TRADICIONAIS

 

Discutir, debater, e lutar contra o TRÁFICO HUMANO, logo se traz a memória a parte mais triste da história das Américas e do Continente Africano, o Tráfico dos povos Africanos e a dizimação dos povos indígenas, umas das maiores Barbáries da História da Humanidade.

Com o processo colonialista foram dizimados 5.000.000 milhões de Indígenas só no Brasil. Ao que toca ao tráfico de escravos, foram traficados da áfrica para o Brasil cerca de 7.000.000 milhões de africanos dos quais muitos morreram nos Tumbeiros denominados Navios Negreiros. Impossível falar de Tráfico Humano sem trazer a tona a História do Colonialismo um processo Capitalista Escravocrata casado com imposição religiosa Cristã e domínio cultural europeu.

Traficar é violar os Direitos Humanos. Partindo desse pressuposto, o enfoque principal para o enfrentamento deve pautar-se no sentido de uma melhor defesa e garantia dos Direitos Fundamentais das pessoas traficadas. Contudo, existe a dificuldade em focar apenas um ponto, já que entidades de todo o mundo se organizam em torno de temas diversos.

Segundo dados da ONU o Tráfico de Pessoas Movimenta um lucro anual de 32. Bilhões de dólares e afeta uma média anual de 2,5 milhões de pessoas. Do valor referido, 85% provêm da exploração sexual. O tráfico humano perde em lucratividade somente para tráfico de drogas e contrabando de armas. De acordo informações do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) a prática do tráfico de pessoas é um crescimento constante no mundo, principalmente nos países do leste europeu. Entre os principais destinos de pessoas traficadas estão: Espanha, Itália, Portugal, Franca, Holanda, Áustria e Suíça.

Segundo um relatório da OIT de 2012, entre os anos 2002 e 2010 mais de 20 milhões foram vítimas do trabalho forçado, incluindo as vítimas do tráfico de pessoas e de exploração sexual.

O Tráfico Humano tem sido uma barbárie contra a classe dos mais vulneráveis, pessoas pobres, simples e humildes por viverem em constante estado de vulnerabilidade social, econômica, educacional e sócio-afetiva se tornam vítimas do tráfico de pessoas destinadas ao mercado do sexo. As Mulheres, Jovens, Indígenas, Ribeirinhos, os Homo afetivos e o Povo Negro, e, de maneira especial a classe feminina é a mais afetada por tal barbárie do tráfico de pessoas e de forma mais latente a mulher negra, indígena e ribeirinha.

O genocídio dos jovens negros tem sido uma das questões mais alarmantes em nosso país, o que demonstra os altos índices de racismo em nosso imenso Brasil com uma enorme diversidade étnico-social e cultural. Tal fato aqui levantado não foge a temática do Tráfico Humano, pois, o tráfico de Pessoas envolve um conjunto de ações criminosas como: Tráfico de Drogas, Contrabando de armas, trabalho escravo nas fazendas e carvoarias, corrupção, prostituição de crianças, jovens e adultos, pedofilia, crimes de homofobia, Racismo e outros.

No que diz respeito às Mulheres elas ainda continuam sendo as maiores vítimas do Tráfico Humano, elas representam 79% dos casos, sofrem as mais variadas formas de violência, dentre elas: a física, psíquica, sexual, violência social, doméstica, Institucional o que a coloca em um estado constante de vulnerabilidade social. Diante desta realidade há que se travar uma luta contra o machismo e o patriarcalismo que ainda impera em nossas Instituições Sociais, familiares, Religiosas e Públicas onde ainda persiste, a prepotência, a violência e a arrogância máscula das mais variadas possíveis contra a Mulher. A Ideologia sexista-machista e patriarcal casada com a constante busca pelo acumulo de riqueza é uma das molas que impulsiona e dá força ao tráfico humano.

Chamamos atenção para um pensamento do Bispo emérito de São Félix do Araguaia (Dom Pedro Casaldáliga. (Pl. São. F. A.).

 

O Lucro, em todos os tempos e em todos os povos, quando se constitui em critério e justificativa, se alimenta sempre de sangue humano. A escravidão é uma decorrência da incansável e inescrupulosa hegemonia do lucro.

 

 

No Brasil a pesar dos avanços históricos de conquistas de direitos fundamentais pelos Movimentos Sociais, Entidades de Defesa de Direitos Humanos e demais seguimentos da Sociedade Civil comprometidos com a vida, a transformação social, e com um desenvolvimento sustentável ainda persistem as violações de Direitos Humanos a qual é uma constante vergonhosa e alarmante em nosso país fruto da irresponsabilidade de um Estado Neoliberal aniquilado pelo ácido sulfúrico do poder econômico.

É Dever do Estado, da família e da Sociedade Civil assumir o compromisso e responsabilidade social em desenvolver ações concretas de defesa da vida no combate ao Tráfico Humano, a prostituição, a Pedofilia, a Homofobia, ao Machismo, ao Patriarcalismo e ao racismo. Neste sentido cabe ao Estado elaborar, planejar e executar políticas públicas de combate a esta infame barbárie contra a vida humana e a Sociedade Civil composta pelos mais variados seguimentos sociais torna sua parceira nesta tarefa que deve ser compromisso, responsabilidade e dever de todos.

Na observação feita pelo então representante da UNESCO no Brasil, Jorge Wertheim, em 1998, quando se comemoravam os 50 anos da Carta de 1948:

 

O conjunto dos direitos humanos constitui um rol inesgotável de direitos e garantias fundamentais. A garantia e realização de todo o conjunto acaba por gerar expectativas nem sempre plenamente atendidas. Nos países em desenvolvimento, as limitações políticas e dos meios econômicos tornam especialmente difícil a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais. Não se pode aceitar este valor como uma permissão para a violação desta classe de direitos. Os governos devem esforçar-se para garanti-los, na medida de suas possibilidades, gradativamente, sem retrocessos e, especialmente, fazendo uso de alternativas como a parceria com a sociedade civil e a cooperação internacional. (WERTHEIN, 1998, p. 61-62)

 

Que esta campanha nos ajude a planejar, elaborar e executar políticas de combate a barbárie do Tráfico humano. Tal Câncer Social não pode mais continuar a fazer vítimas.

Gálatas 5 – 1 Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.

Fonte Bibliográfica:

C397r – Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará

Raça Negra: A luta pela Liberdade / Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará: Organizadoras, Nilma Bentes, Zélia Amador. – 4. Ed. Ver. e amp. – Belém: FCPTN, 2004.   

79  . : Il. 

           1. DISCRIMINAÇÃO RACIAL. 2. RACISMO.  O TRÁFICO HUMANO E AMEAÇA A CULTURA DOS POVOS TRADICIONAIS.pdf (221839)

I. Bentes, Nilma, org. II. Amador, Zélia, org. III. Título

CDU: 323.118 (=96) (811.5)

Direitos Humanos.

Copyright © Editora: GRUPO UNIASSELVI 2012

Centro Universitário Leonardo da Vinci

https://www.mundoeducação.com.br/geografia/trafico-humano.htm)

https://editoramelhoramentos.com.br/v2

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